4/26/2011 / 08:29 /



Chefchaouen é uma bonita cidade encravada nas montanhas do Rif. As paredes, portas, janelas e até o pavimento das ruas da medina são coloridos com diversos tons de azul. As núvens dão-nos tréguas e a luz do sol do meio-dia lá vai aparecendo, brincando com as sombras para nos oferecer ainda mais tonalidades de azul.







O jogo de luz e sombra é uma bela a compensação para o mau tempo que apanhámos até passarmos para Sul do Alto Atlas. Na nossa memória vão ficar panoramas topejados de núvens a que um iluminador com excesso de criatividade apontava focos amarelos, dourados, laranja, ocre e finalmente, com o crepúsculo, violeta.





São cores que vimos nas tinturarias de Fez, onde por uma noite pudémos ter a ilusão de pertencer ao sultanato que vivia nos seus riads. Fez é uma overdose sensorial. Confusão, cheiros, muita gente, sabores, ruelas tortuosas, côres brilhantes dos couros, brilhos de latão e cobre, ritmos sincopados dos martelos dos artesãos, tudo se mistura no emaranhado de becos e travessas da maior zona urbana livre de trânsito.



E para continuar a imersão em contrastes subimos o Alto Atlas, onde por apenas 2 minutos enfrentámos neve e desembocámos nas portas do maior deserto do planeta. Teríamos toda a tarde para finalmente descansar. Mas entre piscina, dunas, chotts privativos (lagos secos) e passeios a camelo a decisão quase unânime é de deixar o descanso para a noite.





Etiquetas: , ,

2 comentarios:

Comment by Isabel on 26 de abril de 2011 às 10:27

Obrigada, Carlos! Foste um querido!
Divirtam-se!! Para a próxima não sei se resisto! :)

Anónimo on 28 de abril de 2011 às 01:39

Excelente post. Obrigada por nos fazer viajar e (quase) sentir o que aí se vive... Marrocos tem tanto de surpreendente como de hipnotizante. No words could explain the feelings.
Continuação de boa viagem ;)

Enviar um comentário