Baio Lacandones, Bienvenidos a Guatemala

3/02/2010 / 14:29 /



Os ultimos dias nao poderiam ter corrido melhores. Despedimo-nos de Palenque por uma pista que serpenteia por montanhas ao redor do parque natural que envolve o nucleo arquelogico. A Selva tropical cobre os cumes e os vales num verde intenso que nos acompanha permanentemente.



Seguimos entao pela carretera fronteriza até a Reserva da Biosfera Montes Azules, terra dos Lacandones. Esta tribo é das mais preservadas, a unica que resistiu a conquista espanhola e que mantem as suas tradiçoes neste pedaço de selva preservada. Escolhemos passar a noite num dos muitos Campamentos Lacandones da regiao, unidades de ecoturismo em aldeias indigenas bem fundo no coraçao da selva.



Em vez dos tipicos tacos e tortilhas o Joao avancou para a cozinha, o Casimiro foi as compras e em meia hora tinhamos feito um belo jantar portugues. A familia indigena que gere as cabanas ficou de tal forma impressionada com os dotes do nosso cozinheiro e com os cheiros que saiam do fogao que juntou-se a num inesquecivel jantar na selva.



No dia seguinte estava bem preenchido, para comecar uma visita a mais uma zona arqueologica, Bonampac e os seus famosos frescos Mayas. A tarefa seguinte previa atravessar a fronteira para a Guatemala, durante o estudo da rota sabiamos que exitiam 2 fronteiras possiveis nesta regiao, ambas implicavam a travessia do rio Ucumacinta. O problema e que nao conseguimos confirmar se exitiam ou nao pontes que permitiriam a travessia das motos.



Esta e uma das razoes porque consideramos tao importante fazer reconhecimentos no terreno, so assim e possivel ter uma percepcao real do como funciona um determinado pais e de qual a rota mais interessante. A escolha recaiu sobe Frontera Corozal depois de constatar que nao existem pontes nos proximos 300 kms de rio que separam os 2 paises.



Frontera Corozal e literalmente um beco sem saida, uma aldeia perdida com vista para as montanhas da Guatemala entricheirada entre o forte Riu Ucumacinta e a estrada fronteirica. Na realidade tem uma saida, o rio, mas apenas atravez de canoas pequenas e frageis. Contratamos 6 na cooperativa nativa e sem medos avancamos rio abaixo durante 30 kms ate Bethel a entrada na Guatemala.



A hora que demorou esta aventura foi aproveitada para observar as margens deste rio azul turquesa rodeadas de selva virgem e repleta de macacos uivadores que dao um ambiente ainda mais exoctico a esta experiencia. Sem duvida a passagem de fronteira mais marcante que ja fizemos.



Em Bethel sem grande esforco desembarcamos as motos das canoas e avancamos em direcao ao lago Peten. Os primeiros 100kms sao de uma pista destruidora, daquelas de pedra grossa e cascalho solto. As suspensoes sofrem, nos tb, os buracos e os camioes dao luta ate a primeira cidade onde finalmente levantamos Quetzales e comemos alguma coisa.



Seguimos entao por estradas estranhamente boas ate Flores, pelo caminho apenas mais 60 kms de pista mas desta vez em muito bom estado. A paisagem mudou, a selva densa da lugar a planicies desflorestadas forradas de milho e outras culturas. Passamos directo por Flores, atestamos e seguimos pelas margens do lago Peten ate Tikal, a joia Maya da Guatemala.



Escolhemos ficar aqui, bem na porta da zona arqueologica para poder aproveitar bem o dia de amanha, vamos sair para uma caminhada as 6 da manha e ver nascer o sol do cimo da piramide mais alta. A esta hora os animais estao no auge da actividade e o ar esta fresco pleno com os odores da floresta. Amanha conto como foi.

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1 comentarios:

Comment by Fighter on 5 de março de 2010 às 18:47

Que viagem fantastica. Tenho seguido o vosso blog e estou desejoso de vos acompanhar um dia.
Que corra tudo bem e que tragam muitas memorias...

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