Rastaman Vibration

3/03/2010 / 16:09 /



Tikal e enorme, sao mais de 17 quilometros quadrados de templos, piramides, acropolis e ruinas bem no coracao do parque natural com o mesmo nome. A floresta que a envolve é das mais ricas que ja vimos, macacos, aranhas, guachimis, tapis, esquilos, tucanos e um numero incrivel de outras aves enchem o local com uma banda sonora incrivel.



Como dormimos bem na entrada da zona arqueologica acordamos bem cedo e fomos dos primeiros a entrar. Seis e trinta da manha e viamos o nascer do sol a bater bem no pico da maior piramide, o Templo do Jaguar.



Subimos a todos os templos que poderiamos subir, calcorreamos calmamente as rotas mais interessantes e pelas 11 da manha estavamos de volta ao hotel para um mergulho refrescante na piscina antes de regressar a estrada. Pelo caminho pudemos apreciar o Lago Peten com mais calma. Foi aqui neste lago que se acomodou o primeiro grupo de viajantes do oriente que a 7000 anos deram origem a civilizaçao Maya.



A estrada é boa e seguimos para sul com bastante rapidez, aqui na Guatemala nao há topos (lombas gigantes redutoras de velocidade) e por isso conseguimos manter uma velocidade de cruzeiro simpática. Chegamos a Rio Dulce, um enclave entre Belize e Honduras que guarda uma comunidade preservada da cultura Garifuna.



Descendentes directos dos escravos negros trazidos pelos ingleses para as plantaçoes de cana do açucar na America Central, esta cultura espalha-se por esta costa em povoados completamente exoticos para estas paragens. É como se muda-se-mos de continente de um momento para o outro.
Livingstone é um destes locais, acessivel apenas por lancha fica numa peninsula repleta de mangues, na foz do Rio Dulce.



Reunimos no hostel backpackers durante um delicioso jantar com vista para o rio, tal como temiamos ir as Honduras é apertado, dá, mas é uma correria. Estamos a escassos 60 quilometros da fronteira mas ir e vir as ruinas de Copan vao consumir pelo menos dia e meio e isso quer dizer que vamos ter de subir a correr os 1000 quilometros de costa caribenha que nos faltam percorrer até voltar a Cancun.



Unanimemente decidimos seguir directo para o Belize e deixa as Honduras para uma proxima viagem. Decidi-lo foi bem mais facil do que faze-lo.
Daqui a saida mais directa para o Belize é de lancha, atravessando durante uma hora o Parque Natural del Barranco del Río Dulce até Livingstone e depois subir a costa caribenha mais uma hora até Punta Gorda, a cidade mais a Sul do Belize.



E assim a MotoXplorers organizou o primeiro Moto Cruzeiro no Mar das Caraíbas



Apreciamos a viagem como verdadeiros turistas, rio Dulce é apertado por um canyon forrado de floresta virgem, é bonito. A corrente é forte mas os capitaes conduzem com pericia apesar do desiquilibrio de pesos.



Almoçamos em Livingstone e conhecemos pela primeira vez os Garifuna, carimbamos os passaportes na emigracion da Guatemala e avançamos para a ultima etapa desta travessia fronteiriça.



Uma hora e meia depois chegamos ao Belize. Uma hora e meia de ondas grandes, de vento forte e de molha total. Chegamos cansados, doridos, queimados do sol e molhados até aos ossos, mas satisfeitos, muito satisfeitos. A primeira impressao quando chegamos a terra é que estamos na Jamaica, há uma vibraçao no ar, um sentido de tranquilidade, do calma, uma Rastaman Vibration...

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