Novamente andamos por terras marroquinas e, seguindo uma tradição nas nossas viagens, um dos participantes comenta as experiências nos dois primeiros dias. Estas sao as palavras do José Pinheiro:

Dia 01: Portugal - Tétouan
Da chegada a África, separavam-nos 600 km e uma travessia de ferry. Ao rolarmos pela Andalucia na Serra de Aracena ultrapassamos um carro no qual, colada ao vidro uma criança segue as motos com o olhar. São os sonhos de criança que realizados sabem melhor e esta viagem faz parte dos nossos.





O jipe de apoio chega à justa ao ferry onde o aguardavam as motos alinhadas na proa do barco que durante 45 minutos liga Algeciras a Ceuta. As expectativas seriam de chegarmos à fronteira de Marrocos ainda com luz. Juntos com uma centena de outros que partilham o objectivo, tomamos 90 minutos entre papéis novos e velhos. O ambiente do controlo fronteiriço, ainda que de forma fortuita, acaba por ser um cartão ilustrado do que nos espera em África.

Dia 02: Tétouan - Chefchaouen - Fés



"Salaam Alaykum", desenferrujamos o nosso árabe marroquino à saída de Tétouan a caminho de Chefchouane, no qual algumas caravanas de jipes e autocarros competem connosco a exígua estrada ondulante.
Deixamos as motos para um passeio a pé pela vila azul onde almoçamos as nossas primeiras Tajines (google it) e chás de menta. Até agora a perspectiva de um Marrocos seco e árido está longe de se confirmar. Ao longo da estrada até Fès, campos verdes de trigo e laranjais, com burros a perder de vista.


Ao Pôr-do-Sol chegamos a Fès e deixamos as motos junto à Medina, onde por detrás de uma porta simples se abre o Riad.



Podiam gastar-se aqui páginas inteiras a descrever as virtudes desta Maison d'Hôte, recuperada por Nicole ao bom estilo marroquino. Deixamos uma ou outra fotos, mas não acreditamos que façam justiça. É daquelas coisas como o nosso tour leader: só visto!

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