Manjar mineiro

8/27/2011 / 17:08 /

Estamos no coração de Minas Gerais, a região que engordou os cofres da Coroa Portuguesa no século XVII com ouro e pedras preciosas encontrados nestas montanhas.



Hoje Minas continua a engordar, não só os portugueses mas todos os que a visitam. Feijão tropeiro, torresmos crocantes e leitão à pururuca são só alguns exemplos das iguarias que tornaram a cozinha mineira famosa em todo o mundo. Outro dos pontos altos desta região são as estradinhas de montanha que ligam as pequenas vila e que hoje vamos explorar.



Toda esta riqueza provocou a fundação de várias cidade que coloriram estes montes e vales com pequenos Portugais. Vilas que preservam até hoje uma arquitectura colonial imaculada e lindíssima.



Começámos por Tiradentes, a cidade que homenageia o herói brasileiro que juntava à sua profissão de dentista, a de mineiro, militar, comerciante e activista politico. Foi nesta ultima que se tornou mártir do movimento dos inconfidentes e herói nacional.



Seguimos para Congonhas onde encontramos outra das personalidades da região mineira, O Aleijadinho.



Antônio Francisco Lisboa, era filho de um carpinteiro português e de uma escrava africana. Deve a sua alcunha à Lepra, uma doença que o desfigurou e acabou por o matar. Mesmo debilitado produziu verdadeiras obras primas que embelezam muitas das igrejas da região.



Como é o caso da Via Sacra e os Profetas no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas onde passeámos demoradamente desfazendo o feijão tropeiro que devorámos ao almoço.



A paragem seguinte foi em Mariana, outra homenagem, desta vez à rainha D. Maria Ana de Áustria, esposa do rei D. João V.



A vila chegou a ser a capital do estado de Minas Gerais por ser a cidade da região que mais ouro produzia, privilégio que perdeu no século seguinte para Ouro Preto.



É precisamente na antiga Vila Rica, actualmente chamada de Ouro Preto que terminamos o roteiro de hoje. A cidade cobre harmoniosamente uma série de morros com casinhas brancas debruadas a cores vivas que ladeiam ruas de empedrado negro.



Classificada como património da humanidade pela Unesco, é uma das pérolas coloniais de Brasil, alojando uma das mais antigas escolas de farmácia do novo mundo (1835) e o mais antigo teatro da América do Sul.



Mas é nas suas igrejas barrocas, algumas delas obra do "Aleijadinho" que Ouro Preto mostra todo o seu esplendor.



Terminamos o dia numa das principais praças, devorando uns torresmos crocantes acompanhados por cerveja gelada. Foi um dia duro, com poucos quilómetros mas com muita coisa para ver.



A animação nocturna está a começar e como há que fazer um reconhecimento complecto, vamos lá conhecer a noite académica da cidade.

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