As várias cores do ouro brasileiro.

8/25/2011 / 16:21 /

Para Chegar a Paraty percorremos grande parte da estrada Rio-Santos, uma linha de asfalto deliciosa que serpenteia entre um mar azul de um lado e uma exuberante floresta tropical do outro.



Parece que ambos os lados se enfrentam em termos de beleza, a Serra exibe belas cascatas e vegetação densa, a Costa responde com baías idílicas e areais desertos. É considerada uma das estradas mais belas do Brasil.



Paraty é a pérola colonial desta costa, o seu centro histórico preservado repleto de casarões coloridos e ruas empedradas transportam-nos para o seu auge de tempos coloniais.



Hoje Paraty vive noutro auge, o do turismo. Pousadas acolhedoras, lojas cheias de charme e barzinhos animados transformam esta bela cidade no ponto perfeito para explorar a região.



Começa aqui o Caminho Real, recompomos a energia com uma cochinha e um caldo de cana numa das praias de Trindade e começamos a subir a serra.



Os marcos da Estrada Real lembram que estamos no caminho certo, termina o asfalto e por entre uma floresta húmida subimos acima das nuvens até Cunha, já no Estado de São Paulo.



No cume a temperatura desce mas o sol aparece e ilumina os morros da Serra do Mar que nos levarão a outra rota que merece uma visita, o Vale do Paraíba.



Aqui o ouro era de outra côr, negro! Estamos no coração do vale histórico, terra do café e das riquezas que ele proporcionou.



Para chegar ao Bananal, cidade histórica do ciclo do café e ponto de exploração para o Parque nacional de Bocaina, temos mais de 150 quilómetros de estradas de terra desertas onde podemos rodar relativamente rápido



Aqui ficam algumas das fazendas mais preservadas do ciclo do café, Fazendas como a de Boa Vista onde foram rodadas muitas das telenovelas de época da rede Globo,



ou a série portuguesa Equador que deu vida ao romance de Miguel Sousa Tavares.



Nós desta vez vamos ficar no centro histórico do Bananal, o Casarão de cidade que pertenceu ao mesmo barão do café que criou e transformou a Fazenda da Boavista na mais importante da região.



Tão importante que chegou a ter uma linha de caminho de ferro privada entre Bananal e Barra Mansa para escoar o seu café.



O casarão é só nosso, somos os únicos hospedes e temos direito a um quarto que deve ter uns 100 metros quadrados com 4 metros de pé direito. As janelas são enormes e o chão é forrado com madeiras largas que rangem historias de escravos e barões à nossa passagem.



Amanha nós vamos "fugir" da casa do Barão para as montanhas de Minhas Gerais, esperemos que ele não se lembre de nos caçar como fazia com seus escravos "fujões".


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